Eram madrugadas traz madrugadas onde
os dentes de alta brancura se expunham ao
prazer descontinuado de um corpo aberto.
Dizeres acentuados pelos frescores de uma
mão materna que escrevia adeus ao cozinhar o
tempo embalado enquanto sonhávamos viver.
Era somente o desejo e a gente não se bastava.
O medo que eu sentia vinha das coisas tão
claras e absurdamente estatizadas pelas
fracas certezas ruminadas lentamente pelos
brotos que insistiam em romper as paredes das
minhas mãos, era a passagem das coisas.
Era a passagem, e onde eu me encontrava se
o tempo era da passagem e não meu?
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